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Treino: Para a Vida ou Carreira?

No nosso primeiro dia da escola, no nosso preparo para a ida, no material escolar escolhido, na merenda que levamos para a hora do lanche, nas instruções dos nossos responsáveis sobre regras e conduta, na entrada da escola, na apresentação dos colegas, dos professores… neste dia aconteceu algo tão importante que mudou toda história a nossa frente e nós nem percebemos, pois este acontecimento estava sombreado, escondido. Neste dia adquirimos uma mochila invisível de responsabilidades e esta é a primeira carga de muitas que ainda estariam por vir.

O que aplicamos nos negócios também aplicamos a vida, aplicamos somente o que aprendemos pois é impossível fazer o que não se sabe. Desde pequenos somos treinados para vencer, para chegar em primeiro, para ser o melhor, o mais inteligente, o mais forte, o mais belo(a), o destacado(a). Fracasso? Nem pensar! Se acontecer, a maioria nem imagina como contar e como será recebido, e dessa maioria vamos vivendo uma ciranda de ilusões.

Ao longo da vida recebemos mais não do que sim numa taxa de 95% a 5%. É mais tempo de esforço e pouco tempo de comemoração, e o não está em tudo que procuramos, mas somos orientados a buscar o sim. Porém ninguém nos conta que será um oceano de não e um copo de água de sim, dessa forma, ficamos despreparados para esta situação e nos frustramos com uma facilidade absurda.

A nossa primeira carga é uma carga de aprendizado e só, não há mais cobrança, é somente aprender, tirar boas notas, passar de ano, não nos envolver em ações ou situações que ocasionem a necessidade da presença de nossos responsáveis. Esta seria a primeira fase de um jogo de videogame, fácil, tranquila, sem imprevistos. Mas a partir daí, a cada ano que passa, uma carga a mais é colocada, o tempo vai seguindo e novas cargas são adquiridas, e o mais interessante é que essas cargas vêm de dois caminhos: do tempo e do aprendizado.

Pode-se até fingir que não aprendeu, mas congelar o tempo será impossível, percebe-se nesta situação que é inevitável fazer algo para evitar a carga.

Vamos buscando cada vez mais no futuro e sentindo cada vez mais saudade do passado, daquele tempo que não é melhor que o hoje, mas cuja mochila possuía uma carga menor a se carregar.

Estudos, trabalho, família, a regra de condução é a mesma para os três: dedicação e envolvimento. Deve haver equilíbrio para não perder a família pro mundo, os negócios para a concorrência e sua vida para as doenças, sejam elas psíquicas ou físicas. Sabemos que a área em que mais nos dedicarmos será a área mais produtiva, pois tudo que possuímos nós mesmos buscamos, o resto que veio junto é agregado.

O nosso tempo é igual, temos a mesma quantidade. O que nos diferencia é a experiência, o uso que fazemos de cada minuto dele: construindo, destruindo ou apenas deixando passar em branco.

Devemos primeiro fortalecer as pernas para sustentar a carga e seguir em frente, depois adquirir sabedoria para saber em qual momento devemos trocar de carga. Pois ficar sem carga alguma será impossível e ficar sempre com a mesma será uma punição perpétua.

Fortaleça suas pernas ou troque sua carga!

 

Bons negócios!

Obermayer Júnio

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