Redes Sociais: um Mundo de Ilusão!
Vivemos a era digital onde a cada dia que passa surge uma nova rede social que nos faz trocar o mundo real pelo mundo virtual.
Quantas pessoas você conhece que vivem presas às redes sociais, ora espionando a vida alheia, ora publicando os melhores momentos de sua vida particular?
É inegável que a rede social mudou a nossa forma de comunicar. Ela facilitou a comunicação entre pessoas que vivem mais distantes geograficamente, ajudou a reunir pessoas em grupos com interesses em comum, na mobilização pela luta de direitos, na denúncia de crimes ou descasos, na ajuda de pessoas ou em prol de determinadas causas.
Juntamente com os avanços positivos, vieram também os impactos negativos. As pessoas não estão mais conseguindo viver desconectadas das redes sociais. Diversas vezes nos deparamos com alguém caminhando pelas ruas sem tirar os olhos da tela do celular. No trânsito motoristas com uma mão ao volante e a outra no celular. Reféns da facilidade da conexão digital, estamos perdendo nossa capacidade de conectar com pessoas que estão ao nosso lado. Responder uma postagem feita por uma pessoa que vive a milhares de quilômetros de distância passou a ser mais importante que responder um bom dia para a pessoa que está ao nosso lado.
A família já não conversa mais. Os pais já não se interessam pela vida dos filhos. Os filhos já não questionam suas dúvidas com os pais. Todos dormem e acordam com o celular na mão. O aparelho celular virou uma espécie de babá onde os pais colocam o desenho de uma galinha azul para o filho assistir na tela do aparelho e assim dar “sossego”.
Há uma necessidade absurda em saber o que o outro está postando, o que o outro está fazendo. As postagens precisam ser respondidas imediatamente, virou prioridade máxima acompanhar em tempo real a timeline. Passou a ser necessidade básica de sobrevivência o compartilhamento dos momentos da vida particular em busca de “likes”. Os momentos mais gostosos e felizes passaram a ser medidos, não mais pela emoção experimentada ou sentida, e sim pela quantidade de curtidas e comentários que poderá ganhar.
Nas redes sociais todos são felizes, vestem as melhores roupas, frequentam os melhores lugares, só viajam a passeio, andam de carrão, as mulheres acordam maquiadas, os homens só tomam cerveja artesanal. Os seguidores vão a loucura, sentem vontade de viver aquela vida, afinal, ali ninguém tem problemas, ninguém sente dores ou estão de mau humor. Quando não conseguem levar um estilo de vida como o postado, ficam frustrados, entram em depressão, se sentem inferiores.
Qual é a verdadeira vida? É a postada em redes sociais, cheia de festas, bebidas, sorrisos, lugares paradisíacos, ou é aquela com altos e baixos, vitórias e derrotas, onde nem sempre é só sorrisos, onde se fica a maior parte do tempo utilizando um uniforme largo e cinzento, onde o carrão do ano só roda nos finais de semana e durante os dias úteis se utiliza de ônibus coletivo para ir ao trabalho?
Devemos deixar as redes sociais para um momento de lazer, de mera descontração e aproveitar melhor aquilo que a vida real nos oferece, não se deixando iludir pelo que se vê em sociais, tendo em vista que ninguém postará tropeços, tombos e derrotas. Precisamos viver a própria vida, e não a vida do outro, sentir as pessoas que estão próximas de nós, que muitas das vezes estão carecendo da nossa ajuda, da nossa atenção.
Diante disso, aqui fica uma reflexão: Você vive no mundo real ou no mundo de ilusão?
Bons negócios!
Luiz Gustavo
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