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Meritocracia.

Desde pequenos vamos aprendendo a ter de fazer e fazer bem algo ou alguma atividade simples de casa seja para o pai, a mãe, os avós ou alguém para ganhar algo, seria uma troca? Não a enxergo assim, mas se traduz em recompensas que desejamos e quando ganhamos ficamos extremamente contentes, essa forma de ensinar é produtiva e ética, desde que não seja sempre assim, pois temos que fazer bem não pelo retorno mas sim pela auto responsabilidade e compromisso.

Tenho que ter um desejo ilimitado por melhorias e não permitir que isto se torne uma paranoia, tenho de ser meu melhor crítico diariamente, para assim evitar ser tragado pela acidez externa que em muitos pontos vão me ajudar a construir e em outros me descontruir.

Vamos sempre além do entender, e vamos aceitar que esta via é de mão dupla, não é simples, é altamente seletiva e não espere dos outros a atitude que possui, pois irá na maioria das vezes se frustrar e muito, levando seus pensamentos ás vezes a trocar o certo, o correto pelo duvidoso ou até pelo errado e ainda assim continuar achando que está certo.

Via de mão dupla, quis dizer que se fizer tudo corretamente e mais um pouco, um pouco mais, terá muitas chances de se realizar, por que chances? Digo isto pois uma parte está em suas mãos e a outra parte em outras mãos, sempre dê o seu melhor e se a outra parte não fizer não pare, continue porque no momento correto a sua plantação lhe será entregue em forma de colheita.

Esse mesmo pensamento serve para quem sabe e não faz, faz errado ou deixa brechas, não sabe e também não faz, se não fizer seu melhor, se fingir, manipular, ludibriar, viajar parado, a conta será a mesma, só que negativa, e nos dois casos foi tudo por seu mérito, então julgo que todos atingiram seus objetivos com destreza, mesmo não querendo esses objetivos mas fazendo tudo que deviam ou não fazer diariamente.

A meritocracia não será justa aos olhos de muitos, pois cada um tem seu tempo, e cada tempo tem seu colheita, pode ser que plante hoje e colha amanhã, pode ser que plante hoje e colha daqui a dez anos, pode ser que plante e compartilhe sua colheita, pode ser que perca sua colheita, mas aprofunde-se sempre para enxergar qual foi seu ganho, sempre terá ganhos, mesmo que sua mente te programe para ver o contrário.

O mais engraçado é quando as coisas dão muito, mas muito errado, tudo e todos tendem a fugir da responsabilidade seja da ação, da permissão ou da falta, e perdem a oportunidade de comemorar, alguns vão pensar: nem deviam comemorar, e digo: deviam sim pois concluíram os objetivos com êxito, que desde o início sabiam, que semente de tomate não germina alface.

A meritocracia não será de toda justa, mas isso não significa que você não deve dedicar e comprometer-se, digo isto olhando que metade está nas minhas mãos e outra metade na mãos alheias e pode ser que estas mãos alheias não estejam esticadas como as minhas estão. Em todas essas batalhas se tirarão apenas duas coisas importantes: troféus ou aprendizados, um para comemorar o outro para repensar.

Se hoje comemora sei que fez bem a lição de casa e se deu bem no teste em campo, pois quem sangra em treinamento, surfa nos desafios, se está em processo de repensar, fique alerta o tempo e as oportunidades são implacáveis, cansam de insistir e vão bater em outra porta.

Se não lhe agrada o que possui seja pessoal ou material, se descontrua e construa novamente, mas deixe de fora da sua obra o que não deu certo.

Bons negócios, de vida aliás!

Obermayer Júnio

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