Imersão: um caminho Só!

A estrada que escolhemos percorrer, de imediato deixa apenas um rastro: o nosso, e no decorrer pode ser que surjam mais pessoas dispostas a dividir essa jornada com a gente. Mas fato é, que para desenvolver, essa jornada terá que ser somente entre você e você mesmo.

O estudo mais difícil que existe é o estudo de si próprio, pois somos controladores e as vezes centralizadores. Ficamos satisfeitos com o simples fato de achamos que estamos no controle ou controlando, pura ilusão. Imagine: se não consegue controlar nem o que sente, que é interno, tentar controlar o externo é perda de tempo e energia.

É difícil, mas existem ainda pessoas que se sentem bem com sua própria companhia, em se ver no espelho e conseguir enxergar além próprio reflexo, as marcas deixadas pela vida, as cicatrizes das dores, das dificuldades, dos fracassos, da inexperiência, da imaturidade, do arrependimento, da raiva de si próprio em alguns momentos. Isto tudo nada mais foi do que oportunidade de aprendizado, pois todas as situações lhe deixam excelentes aprendizados mesmo que não queira.

O que acontece às vezes (que é sempre) é que buscamos constantemente conforto e segurança, situação esta que nos tira a oportunidade de sermos melhores, adquirir habilidades, de nos tornarmos uma melhor versão (já disse anteriormente sobre isto) de nós mesmo.

A imersão pode ocorrer por vários motivos: decepções, frustações, surpresas negativas, imprevistos. A maioria das buscas internas acontece por combustível externo negativo, a minoria por vontade, sempre movida por necessidade de mudança, sede de vitória, não satisfação (que é bem diferente de insatisfação), por ambição e não ganância, por visão de oportunidades melhores, de tino para o tempo das coisas sabendo o início e fim de uma plantação e colheita.

É sempre revigorante terminar um processo como este, pois além de você aproveitar o que aprendeu/desenvolveu, ele será compartilhado com todos à sua volta. Mas mais que terminar é sempre importante começar, seja em qualquer área: nos estudos, no âmbito profissional, nos sentimentos, nas emoções, no corpo, na mente, no espírito. Nada irá mudar, nem melhorar se não houver essa busca solitária e sem garantias.

É uma tarefa árdua praticar isto, pois temos na nossa essência uma necessidade extrema de convívio social (a evolução rápida das comunicações e redes sociais nos mostra isto). Então buscamos a todo momento companhias e cada vez mais conexão com mais pessoas e com menor qualidade, resumindo ligado ao mundo e desligado de si mesmo. Esta ciranda de ilusões não lhe permite sair em jornada de mudança, pois sempre terá influências externa de mentes mesquinhas e pequenas, da falsa sensação de satisfação e prazer e da zona de conforto que já lhe diz tudo, pois começa com: zona (área delimitada) e conforto (atmosfera agradável que lhe mata sorrindo aos poucos), creio que ficou claro o perigo que te satisfaz.

A maioria espera o melhor momento para ter atitude, sabendo que o melhor momento é o agora, o ontem já foi e o amanhã não lhe pertence, então lhe resta somente o presente, faça a sua mágica ou dê seu show.

No fim desta caminhada se não sentiu dor é porque não houve aprendizado, foi somente uma aventura que será contada como grande história na roda de alguns amigos que não acreditam, mas que te ouvem com entusiasmo e às vezes sarcasmo ou deboche.

Mude com direção certa sempre descartando a velocidade!

Bons negócios.

Obermayer Júnio