Empatia
Em certos momentos, agimos sem pensar, isto é um fato que ninguém pode negar. Seja por uma boa causa, no impulso causado por um momento de felicidade, ou por um motivo não tão bom, como quando fazemos algo em acessos de raiva. Seja em qualquer uma das situações, existem consequências às quais teremos que lidar de imediato ou em um futuro próximo, consequências estas que podem ou não afetar aqueles que estão à nossa volta.
Tem dias em que parece que acordamos com o pé esquerdo. Acordamos atrasados, o pneu do carro fura, o café cai na camisa e chegamos ao trabalho sendo repreendidos por nossos superiores. Todo mero mortal está propenso a passar por um dia assim, mas é justamente nesses dias e nesses momentos em que qualquer coisa pode colocar nosso lado ruim para jogo, é que devemos pensar muito antes de falar ou agir, pois são nessas situações que podemos tomar decisões ou dizer coisas das quais iremos nos arrepender.
Da mesma forma em que temos dias ruins, precisamos entender que as pessoas à nossa volta também têm problemas e em algum momento estarão com o sangue mais quente. É nesse momento que precisamos trabalhar a nossa empatia. Mas o que seria a empatia? Dom este que muitos exaltam e poucos conhecem?
Empatia é quando precisamos, quase que literalmente, calçar os sapatos dos outros. Entender onde eles apertam, onde são folgados, em qual momento são mais desconfortáveis e quando não incomodam. Só assim saberemos o momento certo de tratar assuntos com as pessoas que nos rodeiam.
Por que jogar mais um problema no colo de alguém que acabou de perder um ente querido, tomou uma chamada de atenção do chefe ou acabou de ser demitido? Tudo é questão de entendimento. Esperar a pessoa se acalmar ou até mesmo adiar o assunto para tratar em um momento mais propício é a melhor estratégia para evitar ser a última gota do copo daquela pessoa.
Não é preciso ligar a telepatia para saber se a pessoa está bem ou mal. Como já disse em outros textos, as pessoas emitem uma onda, e quando esta onda não está muito boa, é fácil de se detectar. Quando conhecemos ou convivemos muito com alguém, é quase que automático identificar em que estado a pessoa se encontra.
A prática diária da empatia é crucial para o bom relacionamento humano, afinal trata-se de uma via de mão dupla. Precisamos pensar em como o outro está e como vai se sentir diante de determinado fato, pois em algum momento estaremos calçando seus sapatos. Estaremos sentindo ou passando por algo parecido ao que aquela pessoa está passando e vai ser nesse momento em que iremos querer que a pessoa se coloque em nosso lugar, seja para nos ajudar a passar por aquele momento ou para simplesmente não piorar a situação.
E você? Já calçou os sapatos de alguém hoje?
Bons negócios!
- Erika Almeida
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