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É de Batalhas que se Vive!

Já dizia o saudoso Raul Seixas, que é de batalhas que se vive a vida, isso sempre será assim e se repetirá a cada ciclo só que mais forte, quer queira quer não, é assim que as mágicas acontecem, que as pessoas se transformam, os resultados aparecem e onde ocorre o divisor de águas de quem argumenta e de quem faz acontecer.

A natureza em si é perfeita e digo isso com propriedade, pense bem nascemos, crescemos, desenvolvemos e cada alimento, a cada descanso, a cada desafio, a cada treino vamos ficando mais fortes e para quê? Não percebemos, mas a todo momento estamos sendo preparados para algo maior e esse algo só irá se manifestar se encararmos de frente buscando sempre nossas melhores versões, não preciso lhe falar que vai doer, né.

Há muito folclore sobre conquistas e derrotas, a maior delas é que ocorre da noite para o dia, que já se nasce predestinado, virado para lua, com uma estrela na testa e não, isso não é verdade é apenas utopia de quem não venceu para justificar a desistência da batalha, massageando seu interior com essas mentiras causando um estado de conforto que não lhe permite buscar algo melhor, pois estou certo e o meio conspirou contra mim.

Os campeões não nascem prontos, eles nascem incansáveis na busca de seus objetivos, não sabem o que é medo, cansaço, fome, sede, dor, perda, argumentos, desculpas, reclamações, murmúrios, fadiga, desânimo, desespero, crise, eles sabem sim o que é disciplina, disciplina,  disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina,  disciplina, disciplina, disciplina,  disciplina, disciplina, disciplina,  disciplina, disciplina, disciplina,  disciplina, disciplina, disciplina,  disciplina, disciplina, disciplina,  disciplina, fazer o que tem que ser feito, não são motivados pois motivação passa, são disciplinados, simples assim.

Agora não espere a disciplina lhe garantir a vitória sozinha, pois sem busca de melhoria contínua de nada adianta somente repetir as ações do dia de ontem, fazendo assim ficará ultrapassado em pouco tempo, quem não cresce desaparece, e o processo de crescer incomoda, espreme quem está do seu lado, isto já o fará entrar em batalha mesmo não querendo pois já está incomodando.

Não se vê, mas o primeiro lugar carrega consigo uma solidão absurda, um desabafo mudo, pois para vencer é necessário fazer a jornada da imersão, um caminho só, nessa jornada terá muito de você e pouco ou quase nada do meio, deverá se acostumar a ser sua melhor companhia, seu melhor segurança, seu porto seguro, deverá aprender a enxergar o que te trava, o que cultiva em si mas que não lhe agrega em nada e que em contrapartida atrasa seus planos e sabota seus projetos, essa parte você deverá extinguir.

Para os desistentes e não perdedores, deixarei os sonhos sem planos, a inércia sem referência, a ilusão sempre longe de sua realidade, o outro como o maior e indestrutível inimigo, a performance como algo já escrito nas estrelas, o pensamento doce na melodia amarga de nunca chegar, os ombros caídos após uma derrota sem dedicação, muitos “eu poderia”, mas não o fez.

A batalha sempre chegará até sua porta, pode escolher se esconder, fingir que não viu ou vê, sair correndo pelas portas dos fundos, convidar ela para entrar e encarar de frente, poderá fazer o que quiser, a única coisa que não poderá fazer é vencer ou perder sem dedicar, pois, para os dois acontecerem é necessário somente um, ao final verá que não é simplesmente acaso da vida é apenas a sua capacidade de disciplina e dedicação de tempo e energia.

É preferível ser um soldado no jardim do que um Jardineiro na Guerra.

Bons negócios, de vida aliás!

Obermayer Júnio

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