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Confronto ou Enfrentamento?

Conhecimento e entendimento são caminhos bem diferentes, mas que parecem ter o mesmo destino. Um fornece condições de executar, enquanto o outro de executar e saber o porquê desta ação. Na vida empresarial é esse o principal motivo da luta armada que ocorre internamente entre áreas e gestores sem produzir bons frutos.

Desde nosso início como seres socializáveis e racionais, entramos em conflitos, discussões e até guerras com nosso próximo, sendo que as razões podem ser inúmeras: desde traições até a necessidade de mostrar poder. Fato é, que a raiz desses frutos é apenas uma: passamos a vida buscando no outro ou nos outros a razão para atitudes que tomamos, colocando a culpa nesta terceirização e seguindo o ditado de que toda ação gera reação.

Até onde sabemos, tal frase é completamente aceitável quando se tratam das leis da física, porém quando vamos trata-la no âmbito das relações humanas, ela se torna completamente ilusória, confortando nossa incompetência e  incapacidade de usar nossa inteligência para o bem comum, não permitindo que usemos nossas habilidades para atacar e vencer as situações externas.

Quando se fala em competição entende-se que haverá um vencedor e vários perdedores. Agora leve isto para dentro do seu negócio, da sua vida e veja o quanto é caro, praticar, incentivar, permitir essa filosofia. Assim que se chega neste ponto, a atividade racional é descartada dando lugar a condição primitiva e emotiva, deixando tudo em segundo plano inclusive seu negócio, promovendo ações somente por conveniência pessoal.

Conhecimento é quando se adquire habilidades sobre situações específicas: o saber fazer. O entendimento é quando somamos ao saber fazer a finalidade desse conhecimento, sabendo que todo aprendizado é para o bem comum e não para o uso egoísta e mesquinho da nossa condição humana. Temos um exemplo claro na história quando focamos no caso da bomba atômica (sempre era outro e não guerra, a arma que protege é a mesma que mata, o avião que leva sonhos também leva pesadelos).

Partindo desse pressuposto, fica claro definirmos: conhecimento é foco no eu e entendimento o foco no todo.

A distância entre as pessoas sobre este assunto é gigantesca, uma vez que as atitudes visando o bem comum são descartadas por omissão, mesmo considerando que quem as exerce sempre tem algo a ganhar.

Focar na política de enfrentamento é mais saudável, duradoura e capaz de formar equipes fortes, pois nos unimos organizadamente para tratar de uma ameaça comum. A política de confronto leva uma área/gestor a destruir/dominar a outra, criando vencedores e perdedores dentro do seu negócio e este sabe que se não perdeu algo, deixou de ganhar. Sendo que este tipo de política para solução de problemas gera um custo alto que, na maioria das vezes, não se consegue mensurar.

Então, para buscar a política de enfrentamento, formalize as ações, os processos e promova treinamento constante junto a equipe. Forneça espaço para debate de ideias e não de ideais, assim verá que o melhor de cada membro virá à tona. Não faça reuniões! Cobre união! Não somos obrigados a aceitar e sim entender.

Quando o inimigo interno é dominado, não existe força externa capaz de abalar.

Sempre podemos ser melhores do que somos, basta querer.

Bons negócios.

Obermayer Júnio

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