Choque de Realidade: Início ou Fim?!
Estamos e sempre estaremos predispostos a passar por choques, sejam eles físicos ou emocionais, procurados por nós mesmos ou às vezes acasos da vida. Isto pode acontecer quando perdemos algum ente querido, o choque da perda nos faz entrar em um estado de auto avaliação, querendo ou não começamos a pensar em nossa convivência com a pessoa, em nossos atos e por um milissegundo pensamos se poderíamos ter dito ou feito algo diferente em nossa convivência com a pessoa.
O mesmo ocorre quando temos algum choque físico, se batermos com nosso carro ou moto, ficaremos pensando por alguns instantes o que poderíamos ter feito para evitar o choque: não utilizar o celular no trânsito, andar devagar, prestar atenção à nossa volta, enfim, qualquer coisa que fizesse com que a situação não terminasse da forma como terminou.
De um jeito ou de outro, o choque é necessário. Necessário pois por meio dele podemos avaliar nossa conduta diária, fazer uma autocrítica, por mais implícita que seja, e dali em diante tentar não cometer o mesmo erro que culminou naquela pancada, as vezes dá certo, mas as vezes não, quando não, caímos no mesmo erro novamente.
Nos negócios, não é diferente, o choque vem para nos fazer entender que o caminho que estávamos trilhando não era o mais correto. Porém, no mundo dos negócios, somente o choque financeiro faz com que as atitudes mudem: uma multa por trabalhar fora das normas, uma grande venda cancelada por demora na entrega devido ao caminhão que estragou, a perda de grande quantidade de mercadoria devido ao vencimento que não foi detectado a tempo.
Se aprendêssemos somente com o tranco mais leve, seria mais fácil de consertar as coisas e as sequelas seriam menores. Porém, temos a tendência de esperar perder muito para mudar nosso posicionamento, e ainda corremos o risco não ter mais tempo para mudar.
Relações pessoais e de trabalho necessitam de um choque de vez em quando, algo que nos abale para que nos tornemos versões melhores de nós mesmos. Sem estes choques, tendemos a entrar em uma zona de conforto acreditando que tudo está como deveria e que não a nada a ser mudado ou melhorado. É neste momento em que a teoria do “sapo cozido” se aplica: achamos que estamos bem quando na verdade estamos morrendo aos poucos.
Se soubermos lidar com o impacto do choque, teremos a chance de melhorar aquilo que nos levou a aquele momento, teremos uma segunda chance para consertar as coisas. Saberemos identificar a ação que ocasionou todo o desgaste e poderemos trabalhar para que a situação não se repita. Se necessário devemos mudar a rotina, os hábitos ruins que culminam em situações que geram desgastes, situações estas que poderíamos ter evitado, mas que preferimos ignorar os sinais de alerta e continuar no mesmo caminho rumo ao precipício.
Se o choque foi de 110V ou de 220V não importa, o que importa é o que faremos para que isto não se repita. Se dizem que é muito raro um raio cair no mesmo lugar, uma segunda chance para consertar nossos erros é mais rara ainda.
Bons negócios!
Erika Almeida
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