Achamos Demais e Sabemos de Menos.

Sempre temos a oportunidade de conhecer pessoas extraordinárias, que nos fazem pensar mais, sair fora da caixinha, adiantar o tempo, nos incomodar positivamente, enfim, ter outras perspectivas diferentes ou novas através de algum ponto ou assunto. E assim ouvi de um Grande Empreendedor e Visionário (não cito o nome pois não sei o impacto) a frase do título, que me levou a pensar muito e refletir isto nos dias de hoje, mas antes de tudo sou muito grato as pessoas e experiências que estou adquirindo durante essa viagem que é a vida e comparo a um trem, que descem e sobem pessoas, onde compartilhamos momentos e experiências, maravilhoso tudo isso!

Já disse anteriormente sobre a geração miojo que faz tudo em três minutos (aprender, desaprender, amar, odiar, direitos e não deveres, hoje sim amanhã não ou talvez, muitas opções, e também muitas escolhas erradas) tudo muito superficial, a arte de fingir que faz ou fez, a politicagem em sua sã pureza achando que enganam, e sim enganam a si mesmos, sabe porquê? Com o tempo adquirimos algo que não se pode ensinar, podemos apenas sentir: a linguagem corporal, o corpo fala acredite, e sem dizer uma palavra.

O corpo fala, e quem está conversando com a gente sabe quando falamos, e se realmente o assunto é realidade ou não, quando digo isto não entenda que será 100%, pois não é, será na maioria dos momentos, mas não em todos. Todo ser vivo emite uma onda, seja ela positiva ou negativa, e podemos captar essa onda querendo ou não (com o tempo aprimoramos), uns chamam de instinto, outros santo, tem vários nomes, mas é onda, simples assim, por isso de uma hora para outra alguns pensamentos vêm sem saber porquê, e indicam para nós um norte de algo ou alguém.

Mas o que achamos demais? Tudo! Podemos dar palpite em tudo, pense bem assim: quantas pessoas você conhece que produz conteúdo realmente útil? E quantas pessoas conhece que consome conteúdo? Verá que a segunda é bem maior que a primeira, por isso o achar é algo vago, pois na maioria das vezes apenas navegamos no assunto de alguém e não aprofundamos, ou melhor, mergulhamos, e para isto temos vários motivos ou muletas, não é? Tempo é sempre a primeira desculpa.

O saber, é algo muito escasso hoje em dia, são poucas pessoas que buscam, ainda mais agora com tanta distração na palma da mão. O saber requer imersão em um mundo solitário entre você e o assunto, no qual o tempo é descartado, é preciso girar 360 graus dentro do tema, para assim ter seu ponto de vista técnico. Agora tente ver e aplicar na prática, que nada mais é que tática, assim terá o saber de como fazer e fazer, muito bom este domínio, elixir para poucos.

Achar é fácil, saber é solidão, um te prende no curral o outro te liberta do mundo, um lhe deixa preto e branco ou outro em 4K, um te ilude o outro te mostra, um produz argumentos o outro resultados, um cria aversões o outro parcerias, um é mágico o outro sincero, um bate palmas o outro apenas te olha, um te mostra o caminho o outro: eu vou primeiro, um terceiriza o outro assume o seu e dos outros, um emite uma onda superficial o outro de segurança, resumindo um te suga o outro fornece sangue, suor e lágrimas (sem fazer um pingo de mídia).

Não seja da geração miojo, toda grande construção, todo grande projeto, todo resultado positivo, são frutos de enorme tempo de dedicação, solidão e sofrimento. Tenha paciência e rumo, não existe mágica ou receita de bolo, é o arroz com feijão bem feito todos os dias.

O tempo para uns é condenação, para outros é a uma coroação, que a cada ano que passa fica melhor, a escolha é sua: achar demais, saber de menos ou procurar saber, conhecer e entender mais.

Bons negócios.

Obermayer Júnio