Ação e Reação.
Segundo a terceira lei de Newton, para toda ação existe uma reação em mesmo valor e direção, só que em sentido oposto. Na física é claro que isso se aplica, porém quando levamos esta lei para as relações humanas, as coisas mudam de figura. Se a nossa reação não for pensada, avaliada e reavaliada, é tendencioso que nos tornemos pessoas extremamente instintivas, ou seja, faremos tudo com base na nossa natureza, nos nossos instintos primitivos, e isto pode se tornar um caos.
É automático querermos reagir a determinadas ações de terceiros da mesma forma que fomos atingidos: reagir com xingamento quando somos xingados, reagir com agressões quando somos agredidos, reagir com raiva quando somos expostos ao ridículo, reagir com tristeza quando alguém nos magoa. Porém, nossas reações perante as situações, principalmente no ambiente de trabalho, tendem a mostrar nossos pontos fracos, mostrar exatamente onde nosso calo aperta. E a partir do momento que outras pessoas sabem das nossas fraquezas, elas tendem a usá-las contra nós.
A concorrência existe no mercado, na vida e isso é um fato. Infelizmente sempre terá alguém a espreita aguardando pelo momento apropriado para nos derrubar, mas isto não está nas mãos dos nossos adversários, e sim nas nossas. Afinal quando alguém nos fará mal se não permitirmos isso? Ninguém tem a capacidade de nos fazer tão mal quanto nós mesmos, pois só nós sabemos das nossas fraquezas e cabe a nós, e somente nós, demonstrá-las ou não.
Diante de uma situação desagradável temos que tomar uma decisão: reagir ou controlar nosso emocional. Devemos controlar a raiva diante algo feito ou dito e agir de acordo com nossa natureza primitiva? Devemos controlar o choro quando algo nos afeta emocionalmente ou não resistir e abrir o berreiro? Devemos controlar nossa expressão corporal perante determinadas situações desconfortáveis ou demonstrar sem receio exatamente aquilo que sentimos?
Não vou dizer que é fácil controlar o que sentimos, pois não é. Trata-se de um esforço e trabalho diário para conseguir não transparecer nosso real sentimento, pois como disse, trata-se dos nossos instintos e controlar nossos instintos não é fácil. Até o homem se civilizar e deixar de resolver tudo a base da força bruta foram centenas de anos, logo, não é da noite para o dia que iremos controlar nossa parte mais frágil: a emocional.
Não estou dizendo para usarmos máscaras, claro que não, mas ninguém precisa saber de nossos pontos fracos e nossos sentimentos senão nós mesmos. Qual a necessidade de mostrar o que sentimos em meio a dezenas de pessoas? Além de desnecessário, isso poderá gerar certa incredibilidade perante os demais, afinal quem confiará um cargo ou uma tarefa a alguém que não consegue controlar nem os próprios sentimentos ou que explode ao primeiro sinal de adversidade?
Gestão da emoção é o primeiro passo para quem deseja ter sucesso no mercado, pois a todo momento nosso emocional é testado de todas as formas possíveis, seja em reuniões, no dia a dia, em contato com clientes ou funcionários, tudo tende a testar nossa capacidade de respirar fundo, contar até três e não sucumbir aos nossos instintos. A decisão do que fazer está em nossas mãos.
Não podemos controlar as coisas que os outros fazem, mas podemos controlar nossa forma de reagir perante as situações.
Bons negócios!
Erika Almeida
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