Agregando….
Se olharmos para trás um pouco na escada humana do tempo, veremos o quanto mudamos, desenvolvemos, evoluímos ou outra coisa… Cada um se refere a esta transformação da forma que mais lhe convém, fato é que todos concordamos que não somos os mesmos de cinquenta anos atrás.
A partir do instante em que adquirimos consciência, começamos a guardar momentos, pessoas, lugares e também empresas. Sejam empresas que visitamos, que vemos em propaganda, ou as que conhecemos ouvindo de outras pessoas. Com o passar dos anos, indiretamente vamos acompanhando pela margem dessas memórias a situação que cada uma dessas empresas passa, algumas continuam do mesmo jeito, outras desaparecem, a minoria segue dominando o mercado.
Tudo nasce pequeno. Temos como exemplo a roda: se agregarmos valor se torna um velotrol, mais um pouco de valor e se torna uma bicicleta, uma moto, um carro, um caminhão, uma carreta, um bitrem, um rodotrem, um planador, um avião Boeing 787. Percebe-se pelo tamanho, capacidade, tecnologia, segurança e ganho que o último citado está muito à frente dos demais, mas ele deixou de ser roda? Não, ela ou elas ainda estão lá e fazem parte da base, são peças fundamentais para fazer funcionar esse gigante dos ares. E assim são as empresas, e assim somos nós também.
Na nossa memória temos história de conhecidos vitoriosos e infelizmente alguns fracassados, empresas que desapareceram (era criança quando via a propaganda da Mesbla na televisão e vislumbrava algum dia visitar, teve em torno de 28 mil funcionários, mas faliu na década de 90). Na década de 90 houve também um confronto bacana na linha de calçados: a linha de Tênis da Try on e da Olympikus. No início, a primeira era bem mais dominante no mercado (isso na cidade onde residia), mas isso na virada da década inverteu-se: e o primeiro se tornou segundo, terceiro, quarto, e a segunda marca se efetivou como primeira e nos dias presente continua reinando.
Buscar informação e conhecimento requer disposição de energia, de tempo e de dinheiro. De graça, mínima é a chance de produzir bons resultados, mas saiba que agregar dói, machuca. Pois é difícil ter que matar um para dar lugar ao outro, é como se na noite anterior você queimasse tudo que te sustenta, para no dia seguinte as cinzas disto se tornarem adubo junto à chuva que cai para fazer nascer algo melhor e maior.
Agregar é necessário e não preciso. Sobrevivência no mercado não é tão difícil pois aprendemos a ajustar com o mínimo. Crescer sustentável no mercado: esse é o desafio que bate na sua porta todos os dias. E nós podemos sempre escolher ditar o ritmo ou dançar no ritmo dos outros, criar uma estratégia como norte do sucesso ou olhar e seguir a estratégia do concorrente (para quem não tem planos qualquer caminho é destino).
Nossa cultura imediatista deve ser substituída pelo planejamento estratégico para médio e longo prazo, pois nossa vitória não está no hoje, mas sim na luta diária de frente para o amanhã.
A concorrência externa apenas lhe atinge quando as cordas do seu processo interno estão frouxas e desalinhadas, lhe deixando totalmente despreparado para imprevistos. Sem esse preparo interno, fica fácil para o adversário.
Bons negócios!
Obermayer Júnio
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