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Mais ou Menos?

Expressão muito utilizada em diversas situações, mas que não ilustram em nada a realidade em que se encontra, as vezes se torna até um hábito, um modelo automatizado de resposta ou comentário. É feito sem ver e aprofundando se vê que o que rege essa expressão é a mediocridade em sua sã pureza, pois ninguém luta pelo mais ou menos e sim pelo mais, nenhum negócio ou trabalho foca na média e sim no seu máximo.

Fato é que levar a vida, o trabalho ou os negócios nessa linha de mais ou menos irá trazer certa satisfação pois as dificuldades, as dores de cabeças, os desafios serão sempre menores do que a satisfação, fazendo essa conta acha-se que está no lucro. É nesse instante que ocorre o maior dos enganos, pois mediu somente o que estava na sua pequena esfera de atuação, deixando de lado oportunidades que não poderão ser mensuradas.

Há na mente algo interessante entre dor e satisfação, enquanto a satisfação de viver algo que não está bom for maior que a dor, você viverá essa realidade, pois ainda há benefícios que cobrem as dores, mas quando essa dor começar a ser superior a satisfação, ocorre uma pressão enorme e se muda, custe o que custar.

É dever falar e ouvir e ter a independência do pensamento, não há neutralidade, ou é ou não é. Olhe o quanto é desgastante uma situação em que alguém não se posiciona, temos que ter uma causa a defender, um objetivo a buscar e não se engane que é ou será mil maravilhas, pois não é, a única coisa que será constante é a batalha seja interna ou externamente.

A condição de mais ou menos, emperra bons negócios, não permite bons resultados de aparecerem, não se transforma, não se evolui para melhores versões, pois se nada vale a pena, para quê fazer? Por mais desgastante que possa ser um debate ele deve acontecer, desse momento nasce mudança em todos os lados.

Agora a aceitação dessa situação mediana depende muito do esforço, do envolvimento e do investimento que é feito, não há mágicas, há sim muito trabalho a ser feito, e se não o fizer alguém o fará e melhor, verá que teve a oportunidade e simplesmente passou para frente.

As vezes se ouve que para fazer bem feito tem que se estar motivado, discordo disto, pois não se consegue motivação constante, troque isto por disciplina e verá que o resultado é espetacular. Pois a disciplina nos impulsiona a fazer mesmo sem querer, faça as contas: quantas iniciativas teve no último ano e quantas acabativas obteve? Sei que terá muitas desculpas e argumentos para as não acabativas, daí me questiono: essa situação de metade lhe agregou o quê ou em quê? Verá que nada.

Se metade, neutralidade produz essa expressão do “mais ou menos”, imagina então meio ambiente (já perdeu metade pois já é meio), meio termo (já perdeu o destino), fruto do meio (o que nasce de bom aqui? No meio?).

Descubra seu propósito evitando assim viver como a maioria, sendo mais dos outros e menos de si mesmo.

Bons negócios, de vida aliás!

Obermayer Júnio

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