Ceticismos: Ver para Crer, Será?
Já dizia um ditado “tudo que não é visto não é lembrado” e infelizmente, isto acomete muitas das ações e resultados que temos ou teremos. Temos a tendência de valorizar mais o contato visual, a frequência, sabendo que isto gera intimidade, que consequentemente gera confiança e credibilidade, fato este que vai nos enganar em algumas vezes, pois nem tudo tem que ser visto para ser lembrado ou valorizado.
Valorizamos muito a ação, isso é um fato! Mas esquecemos de olhar o porquê destas ações, ficamos inibidos com o movimento, achando que este por si só, já está cumprindo suas obrigações, correndo para lá e para cá. E neste acompanhar de se cansar deixamos de cobrar, de questionar, mostrando claramente que somos coniventes com o que está acontecendo, iludidos dentro da própria execução.
Deixamos muitas vezes de enxergar o que está além de nossa visão, pois na nossa concepção não aconteceu, o que seria o fator inibidor ou preventivo, pois passamos a dar valor somente na falta ou quando começa a dar errado algo que antes estava tão bem, deixando de nos perguntar: Por quê? A resposta é simples: até aquele presente momento algo ou alguém estava garantindo que aquilo não acontecesse, logo se não aconteceu não tem valor, se não tem valor mostra que é dispensável, neste instante ocorre o equívoco de não pensar 360 graus, eliminando um investimento que dá retorno transformando-o em gasto ou custo, que ainda é bom, pois o próximo nível é perda e já não se tem nenhum aproveitamento.
Partimos dessa premissa aceitando o ceticismo, que seria acreditar somente vendo, pagamos caro para ver algo que não vale a pena, mudamos, tiramos ou eliminamos, para depois solicitar de volta, que seria o gatilho mental da escassez, mas o que seria gatilho mental? São estímulos que recebemos que nos induzem a tomar certas decisões, onde achamos estar no controle, mas não é, é apenas a manipulação da própria mente, uma armadilha, pegadinha.
O gatilho mental da escassez é claro no que diz, que somente damos valor quando já não temos ou já perdemos, agora há um vazio ou prejuízo que antes não tinha e se não tinha, não sentia, se não sentia, não fazia falta, então posso eliminar. Algumas destas ações serão “toma lá dá cá” pois se tira hoje e amanhã já começa o caos, ficando pior a cada hora, imagine em dias. Em algumas destas ações demorará aparecer o erro, pois pode ser que quem executava concretou muito bem a base fornecendo um tempo maior de bom resultado sem a presença, mas já adiantando, terá o caos do mesmo jeito.
A parte mais em conta e pouco valorizada é a manutenção diária e preventiva, seja ela nos negócios, nas relações, na mente, no corpo, no espírito. Este não se gera estresse e sobra energia e tempo para pensar e concretizar um monte de planos que nunca sairiam da sua mente se estivesse atordoado tratando problemas corretivos ou reativos (que já são defuntos fétidos).
Verá que manter os bons resultados é simples, tenho que ter apenas a super visão, para saber onde e quando mexer as peças do tabuleiro, pois o jogo pode até me demonstrar uma vitória exemplar com um xeque-mate nas próximas rodadas. Mas a perda de um peão que pode parecer tão inofensivo faz esse jogo se virar contra e agora ao invés de atacar e planejar a vitória, passo a defender e minimizar a derrota que já é telegrafada.
Manutenção já é de baixo custo, sendo preventiva mais ainda, com fator inibidor creio que já sabe o que fazer. Valorize!
Bons negócios, de vida aliás!
Obermayer Júnio
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