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Ancoragem

Ao longo de nosso crescimento e desenvolvimento vamos criando e nos apegando a algo físico que nos conforte ou que nos dê sensação segurança. Quando criança era normal ser um cobertor, um travesseiro, um bicho de pelúcia, um brinquedo, uma boneca, ou algo similar (Se não se lembra pergunte a quem lhe acompanhou). Daí vamos crescendo e às vezes esquecendo de ter algo para momentos difíceis ou até temos, mas que pioram a situação.

Os ganhos ou as perdas, não podem definir quem ou o que somos, eles podem definir somente o ponto inicial ou ponto final de cada jornada. Digo isto pois temos que ter aprendido quando pequenos algo importantíssimo que se chama ética, a base do certo e do errado, o que devo ou não fazer, se permito ou não certos pensamentos. Verá que isto definirá seu destino, pois as suas atitudes são tiradas desta base.

Quando digo entre perdas e ganhos, reforço que tenho que manter minha conduta independente do lugar, das pessoas, das circunstâncias ou até da sorte, que nada mais é que consequência ou resultado do que foi feito anteriormente. A prova de trabalhar nos dois extremos é severa e irá derrubar todos que não possuírem uma base sólida de empatia.

Lembrando que no início dessa longa jornada se pratica a mais difícil arte, que é a busca e entendimento do Eu, como posso ser referência para os outros senão sou nem para mim? Como posso dar conselhos se não os uso? Como dizer para encararem de frente seus problemas se finjo os meus? Ao fim de toda essa utopia, sobra você com você mesmo.

A partir do momento da aceitação de fragilidade, insegurança, estresse, falhas, defeitos, medo, ignorância, começamos a busca das melhorias, de adquirir outras habilidades, de eliminar alguns sentimentos superficiais tais como ira, soberba, vaidade, de ter que provar para tudo e todos o que ao final só interessa a mim. Alguns não teremos como eliminar por mais nocivos que sejam, daí se adquire e pratica as boas novas servindo de contra peso prevenindo a saída da parte que não nos faz bem.

E ao longo de tudo vamos nos ancorando em vários portos, alguns seguros durante algum tempo, outros já na primeira hora mostra que é melhor já sair. Em alguns temos prazo de validade, ou seja, tempo de chegada e partida já definido, outros se passam por porto mas não são, faz-se bons negócios em uns e mal negócios em outros, às vezes prefere-se parar em alto mar e somente observar o porto.

Imagina agora no seu trabalho, na sua empresa, na sua vida, sei que tem algum porto ou muitos portos seguros, que aconteça o que acontecer estarão ali, de sentinela, ignorando o frio, a fome, a sede, as dores, o cansaço, prontos para servir e servir bem, verá que não há preço que pague ou compre isto, pois são disciplina e conduta de anos de treinamento e prática.

Quando o mar ficar revolto e os ventos tentarem te levar para todos os lados, quando não enxergar o caminho e chamar e ninguém escutar, baixe a âncora e espere tudo se acalmar. Assim saberá para onde seguir sem ter que perder a si mesmo, por mais que haja infinitos portos a opção de ancorar ou não sempre será sua.

 

Bons negócios, de vida aliás!

Obermayer Júnio

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